quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO                                                                                                                     CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ                                                                                                           CURSO DE PEDAGOGIA



DÉBORA MESQUITA DO NASCIMENTO
ELISIANE CARVALHO DA SILVA
ROSEANE DA SILVA SOUSA
SAMARA COSTA DOS REIS
SANDRA BÁRBARA DE MELO LEDA
TAYRINE HÉRICA DE SOUSA GONZAGA
VANDERLÚCIA SEGUINS CRUZ





RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS












Imperatriz                                                                                                                                                                              2011

DÉBORA MESQUITA DO NASCIMENTO
ELISIANE CARVALHO DA SILVA
ROSEANE DA SILVA SOUSA
SAMARA COSTA DOS REIS
SANDRA BÁRBARA DE MELO LEDA
TAYRINE HÉRICA DE SOUSA GONZAGA
VANDERLÚCIA SEGUINS CRUZ








RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS
Artigo científico apresentado na disciplina Multimeios da Educação do Curso de Pedagogia do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz para obtenção parcial de nota.
Orientador: Jóas Morais dos Santos









Imperatriz                                                                                                                                                                            2011


RESUMO
O presente artigo trata de uma pesquisa realizada em duas escolas, localizadas na cidade de Imperatriz, para detectar o uso dos recursos tecnológicos na educação. Durante esta pesquisa foram feitas algumas entrevistas com gestores, professores e alunos das duas instituições para identificar como são utilizados os recursos pertencentes e disponíveis nas escolas e qual a importância que se dá a tais meios.
ABSTRACT
This article is a survey of two schools located in the ofEmpress, to detect the use of technological resources in education. During this research included interviews with somemanagers, teachers and students of both institutions to identify how resources are used within and available to schools and how important is whether it gives such means.
PALAVRAS-CHAVES
Escola, pesquisa, professores, alunos, entrevista, recursos tecnológicos, educação e aprendizagem.
RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS

A utilização de recursos tecnológicos nas escolas tem sido atualmente, uma questão muito discutida. Aos poucos, as escolas estão sendo beneficiadas com a implantação dos recursos midiáticos, dando aos alunos as primeiras noções de tecnologia e o quanto ela é importante para o aprendizado. Diante disso, foram realizadas pesquisas em duas escolas, uma municipal e outra estadual, onde nestas foram observadas a existência e o uso de tais recursos.  
A realização desta pesquisa teve como principal objetivo conhecer a realidade das duas escolas em relação aos recursos midiáticos que estas possuem, e ainda no que diz respeito à utilização destes recursos, identificando o número de professores que inclui o uso destes meios na sua prática pedagógica.
Para alcançar os dados foram feitas algumas entrevistas com professores e alunos, onde através destas foi possível obter resultados e para se comprovar estes resultados houve a necessidade da construção de vários gráficos.
A escola estadual no qual foi realizada a pesquisa localiza-se em Imperatriz, em bairro periférico da cidade. Possui uma estrutura de porte médio, onde se trabalha com alunos de ensino fundamental nos anos finais e ensino médio. Ao todo são atendidos, em três turnos, 848 alunos e trabalham nesta escola 36 professores.
No que diz respeito aos recursos midiáticos, a escola mostra ter um elevado nível de aquisição e de utilização de tais recursos, entre estes DVD player, televisão, retroprojetor, estúdio de rádio, computadores e ainda um laboratório de ciências.
Durante a pesquisa nesta escola foram realizadas várias entrevistas, onde entre os entrevistados estão o gestor da escola, alguns professores e também alunos. Dentre os doze professores atuantes na escola no turno matutino foram entrevistados seis deles, e entre os 396 estudantes deste turno foram entrevistados 96.
Segundo os dados pesquisados os recursos são utilizados com bastante freqüência pela direção, pelos profissionais de ensino e também pelos alunos, e dentre estes recursos os mais utilizados são o DVD player, a televisão, o retroprojetor e os computadores.
Os professores entrevistados comentaram que durante sua graduação não receberam preparação para trabalhar com o uso de recursos tecnológicos na educação. No entanto, mesmo não recebendo esta preparação e apesar de não terem feito nenhum curso de formação específica em tecnologia eles utilizam os recursos disponíveis nesta escola.
Ao analisar o Projeto Político Pedagógico deste centro estadual de ensino foi detectado que o que consta neste em relação ao uso dos recursos midiáticos condiz com a realidade de ensino. Isto é possível de se afirmar devido à percepção da utilização destes recursos pelos educadores, que estão sempre procurando utilizá-los para que os educandos sejam introduzidos no mundo tecnológico e possam utilizar-se destes em contextos relevantes de sua vida.
Em relação à escola municipal em que foi realizada a pesquisa, esta também se localiza em Imperatriz, funciona em três turnos, trabalhando com educação infantil, ensino fundamental e ainda com educação de jovens e adultos.
Nesta escola são matriculados 1020 alunos e trabalham nela 30 professores. Entretanto, a pesquisa foi realizada apenas no turno vespertino, e por isso, dos 398 estudantes deste turno foram entrevistados somente 120. Ainda foram colhidos dados identificando também os posicionamentos de sete, dos quatorze professores atuantes na escola.
Esta escola, assim como a estadual, possui vários recursos tecnológicos, como, retroprojetor, máquina fotográfica digital, filmadora, televisão, DVD player e também um laboratório de informática. Além de vinte e dois computadores, a escola possui um notebook e duas impressoras.
Devido à escola ter pouco tempo de funcionamento o Projeto Político Pedagógico ainda está em processo de elaboração, e por isso não foi possível ter um acesso a este documento, e assim foi verificado que a teoria pedagógica utilizada na escola é influenciada pelo plano de ação provisório.
Agora, nas amostras das pesquisas, a identificação à escola estadual e escola municipal será chamada de escola “A” e escola “B”, respectivamente. Assim, de acordo com os dados acima, pode-se perceber que as duas escolas estão bem equipadas em relação aos recursos tecnológicos, podendo até serem consideradas como escolas modelos, onde estas estruturas podem facilitar o aprendizado de seus alunos.
Na escola “A” os professores que mais utilizam os recursos midiáticos são os das disciplinas de Sociologia e de Filosofia, porém, assim como os demais, estes não possuíram uma preparação durante a graduação para poder trabalhar com tais recursos e também não tem capacitação e nem formação específica em tecnologia da educação.
Já na escola “B” os professores que mais utilizam os recursos são os que trabalham com as disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática. Assim como os outros professores entrevistados, estes afirmaram que a graduação não os preparou para a utilização dos recursos tecnológicos, no entanto, o professor de matemática, apesar de não ter passado por uma formação específica, deixou claro que está bem preparado para trabalhar com os recursos tecnológicos da educação.
Diante dos dados, percebe-se que a graduação não está suprindo as necessidades dos professores de aprender a trabalhar com os recursos tecnológicos, todavia nem todos ficam parados diante das dificuldades e de alguma forma procuram se adaptar as novas formas de ensino.
Apesar de tudo, os recursos tecnológicos utilizados na educação poderiam trazer resultados mais eficazes se fossem usufruídos da melhor maneira possível. Pois mesmo que alguns professores procurem se adaptar as novas formas de ensino, ainda há aqueles que não se sentem preparados nem mesmo para levar seus alunos para uma sala de informática. 
Durante as pesquisas foi possível perceber que os alunos são os maiores interessados na utilização dos recursos midiáticos. Eles sabem da importância que estes recursos têm para sua formação, e é exatamente por este motivo que os professores, responsáveis pelo aprendizado de vários alunos, devem procurar uma formação específica em tecnologia da educação para que possam trabalhar, de forma qualificada, com tais recursos afim de obter resultados mais positivos.
Na escola “A” a maioria dos alunos parece estar satisfeitos com a utilização dos recursos tecnológicos. Apesar da escola não possuir uma pessoa capacitada em tecnologia da educação, eles afirmam que sempre que necessitam podem utilizar tais recursos.
Já na escola “B” os alunos não pareceram está tão contentes em relação à utilização dos recursos tecnológicos da escola. Afirmaram que gostariam de utilizarem com mais freqüência, o que infelizmente não acontece. Segundo alguns alunos entrevistados são poucos os professores que se preocupam em estarem utilizando os recursos disponíveis na escola.
Diante dos resultados é possível afirmar que o corpo docente das escolas, principalmente da “B”, necessita repensar suas práticas, procurar fazer capacitação em tecnologia da educação, para que possam está trabalhando de uma forma mais qualificada, usufruindo dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas, visto que estes podem contribuir bastante para um melhor aprendizado dos alunos.




REFERÊNCIA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Centro de Ensino Tancredo de Almeida Neves. Imperatriz, 2010.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ
CURSO DE PEDAGOGIA



DÉBORA MESQUITA DO NASCIMENTO
ELISIANE CARVALHO DA SILVA
ROSEANE DA SILVA SOUSA
SAMARA COSTA DOS REIS
SANDRA BÁRBARA DE MELO LEDA
TAYRINE HÉRICA DE SOUSA GONZAGA
VANDERLÚCIA SEGUINS CRUZ


















RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS

Artigo científico apresentado na disciplina Multimeios da Educação do Curso de Pedagogia do Centro de Estudos Superiores de Imperatriz para obtenção parcial de nota.

Orientador: Jóas









Imperatriz 
2011







RECURSOS TECNOLÓGICOS NAS ESCOLAS

A utilização de recursos tecnológicos nas escolas tem sido atualmente, uma questão muito discutida. Aos poucos, as escolas estão sendo beneficiadas com a implantação dos recursos midiáticos, dando aos alunos as primeiras noções de tecnologia e o quanto ela é importante para o aprendizado. Diante disso, foram realizadas pesquisas em duas escolas, uma municipal e outra estadual, onde nestas foram observadas a existência e o uso de tais recursos.
A escola estadual no qual foi realizada a pesquisa localiza-se em Imperatriz, em bairro periférico da cidade. Possui uma estrutura de porte médio, onde se trabalha com alunos de ensino fundamental nos anos finais e ensino médio. Ao todo são atendidos, em três turnos, 848 alunos e trabalham nesta escola 36 professores.
No que diz respeito aos recursos midiáticos, a escola mostra ter um elevado nível de aquisição e de utilização de tais recursos, entre estes DVD player, televisão, retroprojetor, estúdio de rádio, computadores e ainda um laboratório de ciências.
Durante a pesquisa nesta escola foram realizadas várias entrevistas, onde entre os entrevistados estão o gestor da escola, alguns professores e também alunos. Segundo estes os recursos são utilizados com bastante freqüência pela direção, pelos profissionais de ensino e também pelos alunos, e dentre estes recursos os mais utilizados são o DVD player, a televisão, o retroprojetor e os computadores.
Em relação à escola municipal em que foi realizada a pesquisa, esta também se localiza em Imperatriz, funciona em três turnos, trabalhando com educação infantil, ensino fundamental e ainda com educação de jovens e adultos. Nesta escola são atendidos 1020 alunos e trabalham nela 30 professores.
Esta escola, assim como a estadual, possui vários recursos tecnológicos, como, retroprojetor, máquina fotográfica digital, filmadora, televisão, DVD player e também um laboratório de informática. Além de vinte e dois computadores, a escola possui um notebook e duas impressoras.
Agora, nas amostras das pesquisas, a identificação à escola estadual e escola municipal será chamada de escola “A” e escola “B”, respectivamente. Assim, de acordo com os dados acima, pode-se perceber que as duas escolas estão bem equipadas em relação aos recursos tecnológicos, podendo até serem consideradas como escolas modelos, onde estas estruturas podem facilitar o aprendizado de seus alunos.
Na escola “A” os professores que mais utilizam os recursos midiáticos são os das disciplinas de Sociologia e de Filosofia, porém, assim como os demais, estes não possuíram uma preparação durante a graduação para poder trabalhar com tais recursos e também não tem capacitação e nem formação específica em tecnologia da educação.
Já na escola “B” os professores que mais utilizam os recursos são os que trabalham com as disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática. Assim como os outros professores entrevistados, estes afirmaram que a graduação não os preparou para a utilização dos recursos tecnológicos, no entanto, o professor de matemática, apesar de não ter passado por uma formação específica, deixou claro que está bem preparado para trabalhar com os recursos tecnológicos da educação.
Diante dos dados, percebe-se que a graduação não está suprindo as necessidades dos professores de aprender a trabalhar com os recursos tecnológicos, todavia nem todos ficam parados diante das dificuldades e de alguma forma procuram se adaptar as novas formas de ensino.
Porém, apesar de tudo, os recursos tecnológicos utilizados na educação poderiam trazer resultados mais eficazes se fossem usufruídos da melhor maneira possível. Pois mesmo que alguns professores procurem se adaptar as novas formas de ensino, ainda há aqueles que não se sentem preparados nem mesmo para levar seus alunos para uma sala de informática.
Durante as pesquisas foi possível perceber que os alunos são os maiores interessados na utilização dos recursos midiáticos. Eles sabem da importância que estes recursos têm para sua formação, e é exatamente por este motivo que os professores, responsáveis pelo aprendizado de vários alunos, devem procurar uma formação específica em tecnologia da educação para que possam trabalhar, de forma qualificada, com tais recursos afim de obter resultados mais positivos.
Na escola “A” a maioria dos alunos parece estar satisfeitos com a utilização dos recursos tecnológicos. Apesar da escola não possuir uma pessoa capacitada em tecnologia da educação, eles afirmam que sempre que necessitam podem utilizar tais recursos.
Já na escola “B” os alunos não pareceram está tão contentes em relação à utilização dos recursos tecnológicos da escola. Afirmaram que gostariam de utilizarem com mais freqüência, o que infelizmente não acontece. Segundo alguns alunos entrevistados são poucos os professores que se preocupam em estarem utilizando os recursos disponíveis na escola.
Diante dos resultados é possível afirmar que o corpo docente das escolas, principalmente da “B”, necessita repensar suas práticas, procurar fazer capacitação em tecnologia da educação, para que possam está trabalhando de uma forma mais qualificada, usufruindo dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas, visto que estes podem contribuir bastante para um melhor aprendizado dos alunos.

domingo, 9 de outubro de 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
DISCIPLINA: MULTIMEIOS
PROFESSOR:  JOAS
CURSO : PEDAGOGIA




DÉBORA MESQUITA DO NASCIMENTO
ELISIANE DA SILVA CARVALHO
ROSEANE DA SILVA SOUSA
SAMARA COSTA DOS REIS
SANDRA BÁRBARA DE MELO LEDA
TAYRINE HERICA DE SOUSA GONZAGA
VANDERLUCIA SEGUINS CRUZ




     












Imprensa Escrita
        Imprensa é a designação coletiva dos veículos de comunicação que exercem o Jornalismo e outras funções de comunicação informativa, em contraste com a comunicação puramente propagandística ou de entretenimento.O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido. Já foi dito que, se o termo "Jornalismo" é relativamente moderno, a sua história é muito antiga e se confunde, inevitavelmente, com a da imprensa, desde quando Johannes Guttenberg aperfeiçoou a técnica de reprodução de textos por meio do uso dos tipos móveis.
    Desde séculos antes, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de (cera) ou de (argila) com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades da Suméria e da Mesopotâmia do século XVII a. C. A primeira publicação regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. Esta publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos. O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu.
No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.Uma tipografia do século XV, Xilogravura de Jost Amman, 1568. Em 1440, Johannes Guttenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto. Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea. Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha.
 Dez anos depois, registrava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226. Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.
A tipografia é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Por analogia, tipografia também passou a ser um modo de se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis. Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação.
Em trabalhos de design gráfico os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas. No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteúdo abordado. No caso da mídia impressa, designers gráficos (ou seja, os tipógrafos) costumam se preocupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos,  mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte e compor um texto simples em um processador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas, talvez os melhores exemplos desse fenômeno possam ser encontrados na internet, e o conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem, logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.
         A globalização é anunciada em tempos de modernidade como processo de universalização de povos, em todos âmbitos, culturais, econômicos, sociais, dentre outros, tendo caráter inclusivo, quer em tempo e espaço. A presente realidade gera uma resignificação de valores culturais e sociais, em que se apresenta com um formato contraditório ao seu conceito de possibilitar uma integração inerente aos tempos de hoje. Levando-se em conta as diversidades de povos que se encontram incluídos e/ou excluídos no presente cenário, a globalização deve ser encarada como proporcionadora de elos culturais, em que é necessário desmistificar sua postura contraditória, facilitando o direito, espaço de uma inter-relação mundial, a partir das tecnologias de informação e comunicação, logo, assim, poderemos pensar em diversidades, em que suas particularidades existentes deverão ser respeitadas.
A escola, enquanto espaço educacional tem um papel fundamental em fazer entender o atual cenário mundial, em particular, a globalização. Sua contribuição surge com uma reflexão-crítica sobre tal problemática, fomentando uma discussão sobre a formação de cidadãos protagonistas de uma realidade difícil a ser encarada, ou seja, a universalização que não acontece de forma que possa incluir nações em questões de igualdades, em que as diversidades existentes devam existir, porém respeitadas. A escola deixa de ser um subsistema tendo um outro caráter, formação para todos (as), culminando, na inclusão de jovens e adultos sem escolaridade; profissionais que precisam de formação continuada para sua atuação na sociedade do trabalho; participação em sociedades culturais diversificadas, em que laços devem ser estreitados, dentre outros pontos que, logo, caracteriza a educação com um caráter de formação continuada. Acreditamos que a Educação vem enfrentando mudanças significativas na sua didática, na sua forma de avaliar, na sua metodologia, ou seja, o ensino-aprendizagem desgastado vem sendo substituído por uma nova postura; cujo processo é complexo, mas não impossível de ser encarado.
     Hoje, o papel da educação é bem significativo, no que se refere à contextualização do conhecimento, a atuação de um cidadão crítico-reflexivo na sociedade vigente é fundamental para sua inserção no momento em que estamos.
As mudanças que vêem acontecendo, hoje, na educação são significativas para formamos uma nova concepção do que seria desenvolver uma prática contextualizada à realidade do aluno. Porém, com essa dinâmica de tornar o aluno um cidadão protagonista do meio em que vive, precisamos estar preparados para desenvolvermos uma nova forma de fazer educação, pois de certa maneira ainda temos raízes no modo tradicional de ensino, que na maioria das vezes, anula essa nova proposta educacional.
      Tendo em vista essas mudanças, que vêm sendo discutidas há algum tempo, em âmbito internacional, em fazer uma educação preocupada com as necessidades dos alunos, discutiremos a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação, como forma de facilitar o processo de ensino-aprendizagem e inserção do presente jovem na sociedade tecnológica. O interesse por esta temática se dá, fundamentalmente, devido às várias dificuldades que impedem o educador progressista de atuar de forma eficiente.
Acredita-se, porém, ser essa deficiência decorrente da falta de embasamento teórico necessário a cada profissional, levando-o a descobrir formas de conhecer e atuar no seu campo de trabalho, que é amplo e complexo, como também, as várias mudanças decorrentes das diferentes tendências pedagógicas que são implantadas dentro das escolas públicas, tornando, muitas vezes, impossível diagnosticar os problemas dos discentes. Portanto, devemos repensar as políticas educacionais, de forma que assumam responsabilidades coerentes ao momento de mudanças, em que todos  devam participar da apropriação das tecnologias de informação e comunicação no espaço escolar que faz resignificar o conceito de conhecimento.
     É através das ferramentas tecnológicas, a partir de mediações atuantes que as potencialidades se afloram, o tempo e espaço, já não são mais problemas, proporcionando uma educação sem distância, sem tempo, levando o sistema educacional assumir um papel, não só de formação de cidadãos pertencentes aquele espaço, mas a um espaço de formação inclusiva em uma sociedade de diferenças. A concepção do profissional da educação, em relação às tecnologias de informação e comunicação, ainda, é limitada ao conceito de que o computador é uma ferramenta que pode substituir o professor no processo ensino-aprendizagem, no qual deve ser explorado como ferramenta de interlocução entre professor e aluno no processo que deveria ter um formato somativo a prática docente, no que se refere a metodologia, objetivos e conteúdos, na realidade, a idéia de fazer uso das tecnologias de informação e comunicação é mais abrangente.
O uso das mídias; impressa, áudio-visual e sonora trabalhadas de forma integrada vêem nortear a inserção dos envolvidos, quaisquer que sejam, no cenário atual, sociedade tecnológica, além de que viabiliza o processo educacional em âmbito escolar, na modalidade presencial e ou à distância. Diante dessa realidade devemos fazer uso das tecnologias de informação e comunicação, nas quais viabilizem a inserção de ferramentas enquanto meio as nossas atividades curriculares, de forma que venham somar aos estudos até então abordados, no contexto pedagógico, e proporcionar aos aprendizes a liberdade responsável no uso das mídias implicando o aumento da autonomia e da responsabilidade, sem falar no desenvolvimento de novas habilidades e na aplicação das interações com o próprio grupo e com as pessoas de outros meios sociais e culturais.
       As mídias surgem como mediatizadora, assumindo papel de informação e comunicação, no espaço escolar sua contribuição é relevante a ponto de proporcionar uma inter-relação necessária para formação de uma visão holística da presente problemática. As diversidades que aparecerão promoverá uma percepção além do que nos é imposto, em sua totalidade será formado um momento de aceitação ou não de culturas, diversas, na qual deverá surgir  a igualdade como direito e o preconceito como um ponto negativo que denuncia uma sociedade dualista. Diante desta realidade, o conceito dos recursos didáticos assume um novo papel frente ao surgimento de meios tecnológicos aplicados à educação a partir da prática pedagógica planejada. Em particular, a idéia de trabalhar com o livro, recurso impresso, não se esgota em sua utilização no processo de inserção da ferramenta computador como material fundamental para inclusão sócio-tecnológico.
        Levando-se em consideração o livro como recurso impresso e fazendo relação com a mídia escrita, encontramos educadores que ainda não conseguem fazer apropriação e ou diferença dos recursos pedagógicos mencionados, logo tal deficiência em conceber uma relação bilateral dos mesmos, se dá pela falta de embasamento teórico-prático; disponibilidade de recurso; contribuição de todos os envolvidos no processo,
os pontos apresentados acima estão diretamente arraigados pela presença do tradicionalismo que não nos permite caminhar de forma que possamos nos desvincular dessa realidade descontextualizada, também pelo modernismo que oposto ao tradicionalismo surge num cenário em que o desenvolvimento é sinônimo de poder, logo, mais uma vez, uma realidade desconectada com sua realidade, e
de acordo com os comentários apresentados, dois aspectos devem ser levados em consideração para a utilização efetiva, ou seja, significativa da realidade em questão: a produção do material didático e a integração de recursos destinados ao aprendizado.
      O primeiro aspecto se refere a pontos relevantes da confecção do material impresso, em que a seqüenciação, coerência, clareza, linguagem, entre outros, definem a qualidade do material. O segundo aspecto deve ser somado a qualidade do material, porém, agora, devemos fazer interlocução de materiais, diversos recursos, no qual possamos potencializar a escrita como competência pertinente ao desenvolvimento do homem,
assim, de acordo com a perspectiva construtivista da aprendizagem é possível então construir conhecimento a partir do que já sabemos e do que somos capazes de fazer, utilizando os recursos das novas tecnologias. Logo sugerimos uma reflexão acerca das tecnologias de informação como meio dinamizador da aprendizagem, em particular a mídia escrita.
Tal veículo de conhecimento e informação assume papéis educativos, de entretenimento. Sabemos que é possível fazer uma leitura do mundo em que vivemos através da televisão e na maioria das vezes aceitamos de forma passiva o que nos é apresentado, limitando nossas ações, enquanto protagonista do próprio cenário, é  necessária a utilização da televisão como veículo de comunicação e informação, porém precisamos resignificar seu papel na sociedade, de forma que possamos usá-la como uma ferramenta de educação, entretenimento, dando a partir da nossa leitura de mundo um significado para esse objeto, que não passa de uma criação do homem.
Segue a sinopse e o dia de apresentação do programa educativo apresentado, como exemplo que possa nortear nossa prática diante do uso adequado das ferramentas tecnológicas educativas, neste caso faremos apreciação do uso da mídia áudio-visual a partir da interdisciplinaridade e transversalidade, veiculado pelo Canal Futura,
com território tão vasto e culturas tão variadas, o país é literalmente um caldeirão de influências culinárias.
A interdisciplinaridade se caracteriza pela relação feita em áreas de conhecimento, no que se refere às suas potencialidades, promovendo uma integração, a qual competências e habilidades sejam afloradas por meio de uma correlação de conhecimentos. A transversalidade faz uso de temas de urgência social, tal como a saúde para uma discussão além do currículo formal podendo fazer uso da interdisciplinaridade como estratégia para propor questionamentos pertinentes à realidade do indivíduo, potencializando competências e habilidades, também do currículo formal, como metodologia significativa e contextualizada a sua realidade, facilitando o processo de ensino aprendizagem. A mídia sonora, em particular no espaço escolar, se apresenta de forma mais consistente diante da importância do conhecimento dos elementos que fazem a linguagem radiofônica, possibilitando meios que poderão viabilizar práticas pedagógicas comprometidas com a inclusão dos sujeitos envolvidos aflorando competências e habilidades relevantes na construção do conhecimento. A idéia de implementar um espaço de comunicação através do rádio faz com que repensemos a importância de uma pauta, entre outros elementos, de forma contextualizada.
      Quando fazemos apreciação de um texto impresso, no caso uma narrativa, temos um diferencial quando gravamos tal leitura e analisamos a mensagem a partir do som produzido. Podemos levar em consideração as pausas, silêncio como forma de comunicação, logo depois da presente experiência podemos verificar, não um novo sentido à mensagem, mas, emoção no que se é transmitido, levando-nos a ter um olhar crítico a respeito do som produzido, ou melhor, utilização da mídia sonora como elemento proporcionador de uma aprendizagem mais significativa, contextualizada à prática docente, em particular.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

LIVRO: O COMPUTADOR NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO


Organizado em 1999, pelo Prof. Dr. José Armando Valente, o livro "O Computador na Sociedade do Conhecimento", é produto de um trabalho coletivo dos pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Reunindo um conjunto de artigos de cunho teórico, cujo foco é o papel que a escola pode ter na preparação dos estudantes para as mudanças do mundo contemporâneo, esta publicação fundamenta as ações de formação de educadores na área de Informática na Educação e contextualiza a abordagem pedagógica que o Nied tem incentivado, de introdução do computador nas atividades de sala de aula.
A mudança é a tônica de todos os capítulos deste livro. A proposta de utilização da informática para o processamento da informação e a construção de conhecimento dá origem a novas propostas pedagógicas, nas quais a compreensão da indissociabilidade entre ensino e contexto cultural promove a interação da escola com as demais instituições sociais, produzindo transformações em todos os segmentos.
De acordo com o autor a formação de professores na área de informática na educação, vem acontecendo desde 1983, quando foram iniciadas as primeiras experiências de uso do computador nessa área. Ao longo de todo esse tempo a formação dos professores é baseada em diversas necessidades de formação de profissionais qualificados, pelas limitações técnicas e financeiras, pelo nível de conhecimento que os pesquisadores dispõem e pelo interesse desses pesquisadores em elaborar e estudar novas metodologias de formação.

Atualmente a sociedade passa por grandes mudanças, exigindo cidadãos críticos, criativos, reflexivos,
com capacidade de aprender a aprender, de trabalhar em grupo, de se conhecer como indivíduo e
como membro participante de uma sociedade que busca o seu próprio desenvolvimento, bem como o
de sua comunidade. Cabe à Educação formar este profissional. Por essa razão, a Educação não pode
mais restringir-se ao conjunto de instruções que o professor transmite a um aluno passivo, mas deve
enfatizar a construção do conhecimento pelo aluno e o desenvolvimento de novas competências necessárias
para sobreviver na sociedade atual.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


Informática e Formação de Professores


O Livro da autora Elizabeth Bianconcini, apresenta uma análise relacionada às atividades de formação do professor em diferentes instituições. Apresenta ainda as diretrizes de uma teoria norteadora que possa orientar a formação de professores para o uso pedagógico do computador em quaisquer modalidades, seja nas escolas ou nas universidades.
Podemos destacar uma frase de Paulo Freire citada no livro que afirma a necessidade de sermos homens e mulheres de nosso tempo que empregam todos os recursos disponíveis para dar o grande salto que nossa Educação exige. Com a evolução da tecnologia e a mudança constante da sociedade, se faz necessário se ter criatividade, independência e sempre buscar se situar a realidade, diante das mudanças constantes.
O espaço educacional precisa ser visto de uma forma mais ampla, mais inovadora, e pra isso se faz necessário inserir essas novas tecnologias dentro desse espaço para situar seus alunos nesse mundo de constante evolução. No entanto esta ainda é uma questão a ser muito discutida, por envolver diversos fatores que são essenciais para a sua existência de fato na realidade.
A inserção da tecnologia nas escolas, além da estrutura e de equipamentos adequados, exige também a existência de profissionais capacitados, para orientar e ajudar seus alunos a utilizá-las de forma correta. Esta é uma dentre muitas dificuldades encontradas atualmente, pois nem mesmo o ensino básico possui as condições essenciais para que o ensino se realize na sua forma plena, além de muitas crianças não freqüentarem as escolas por terem uma vida muito humilde e simples tendo assim que trabalhar desde cedo para ajudar a sustentar sua família. E tudo isso vem acompanhado com a resistência de muitos professores, habituados a seus costumes antiquados e sem inovações, com o intuito apenas de repassar informações para o aluno, apenas acumular conhecimentos, sem uma visão crítica e inovadora.
A tecnologia não é tudo, ela não é simplesmente a solução para todos os problemas, deve-se também inovar nas formas de ensinar, e a tecnologia pode auxiliar essa mediação entre aluno-professor, proporcionando formas diferentes no modo de ensino para facilitar a aprendizagem e compreensão daquilo que se propõem em sala de aula, buscando uma visão mais além, bem como aplicações e transformações inovadoras deste aprendizado no mundo ao qual se este inserido, a fim de desenvolver o ensino em diferentes áreas do conhecimento através dos computadores.
Hoje o computador está acessível à maioria da população, mesmo quem não tem um em casa possui alternativas para se ter acesso a um computador como as Lan Houses, por exemplo, mais ainda assim o impacto das mudanças que poderia provocar ainda não aconteceu, suas aplicações para fins mais construtivos ainda se faz em pequena escala, seus recursos grandiosos e transformadores, por muitos ainda não foram descobertos, pois são utilizados muitas vezes para práticas de atos ilícitos, ou simplesmente para uma utilidade fútil. Este deve ser o papel do professor, não simplesmente expor informações, mais ensinar a forma correta de lidar com elas, inserir seus alunos as novas e tecnologias mostrando a forma correta e inteligente de utilizá-las, ajudando a transformar o indivíduo em um ser pensante, inovador, criativo e independente.
O processo ensino-aprendizagem precisar ser modificado deve-se enfatizar a aprendizagem ainda mais que o ensino, valorizar e proporcionar a construção do conhecimento e não a instrução. Mas este é um processo que não é fácil, a informática não deve ser simplesmente uma junção com a educação, mas sim a integração entre si e à prática pedagógica, uma mudança não só do professor mais do planejamento pedagógico da escola, bem como a mudança de pensamentos e diretrizes, favorecendo a formação de cidadãos mais críticos e independentes para a construção de seu próprio conhecimento, atingindo diretamente as mudanças de pensamentos e atitudes, construindo uma sociedade mais justa e com qualidade de vida. Para Paulo Freire, a pedagogia deve deixar espaço para o aluno construir seu próprio conhecimento, diferentemente do que há muito tempo se tem como prática, de apenas repassar conteúdos e conceitos já prontos.
A autora apresenta no livro diversas opiniões de diferentes estudiosos que acreditam ser preciso mudar radicalmente a atual modelagem da educação de tal forma que esta permita ao indivíduo compreender o mundo em que se encontra, juntamente com suas mudanças participando da transformação cultural contemporânea. Cada um desses estudiosos possui sua própria teoria, acompanhada de propostas solucionadoras que se interconectam, e cujo foco varia de acordo com a especialidade de cada um.
A utilização pedagógica do computador possibilita diversas alterações significativas na educação, proporcionando uma ampliação da visão educacional fazendo com que o ensino tenha uma dimensão muito maior, trazendo uma visão mais crítica e ampla do mundo ao qual se está inserido.
O desenvolvimento do trabalho da autora refere-se à segunda linha sobre o uso da informática em Educação, o construcionismo, que tem o objetivo de desenvolver o ensino pela informática. A primeira linha é a instrucionista, onde a aplicação pedagógica do computador foi planejada para ser utilizada como maquina de ensinar, aplicando o conceito de instrução programada, sem a associação das atividades computacionais as demais disciplinas. Esta primeira linha está preocupada em saber o quanto o aluno tem de conhecimento, sem se preocupar em desenvolver um pensamento crítico, onde o aluno tem suas próprias opiniões, procura-se avaliar na verdade o volume de informações que o aluno tem depositado em mente.
Já na abordagem construcionista, o computador é utilizado como uma ferramenta que auxilia o aluno na busca de informações redes de comunicação a distancia, seu conhecimento e seu interesse momentâneo.
Diferente do instrucionismo, que possui programas que avaliam a quantidade de informações que aluno possui em mente, o construcionismo tem informações que podem ser trabalhadas no desenvolvimento de programas elaborados em linguagem de programação, levando o aluno a refletir sobre o conhecimento que está sendo representado nos programas, “ensinando” ao computador a resolver o problema através de linhas de comando, descrevendo as operações necessárias. Sendo assim é o aluno que indica ao computador as operações que devem ser executadas para produzir as respostas desejadas.
Essa busca pela transformação na educação não é simplesmente o desejo de inserir a informática no plano pedagógico, mais sim uma mudança das práticas educacionais existentes, favorecendo a formação de cidadãos mais críticos, com autonomia para construir o próprio conhecimento.
Esta linha construcionista proporciona um ciclo de descrição-execução-refexão-depuração. Onde programar computadores significa descrever uma seqüência de ações para que o computador possa executar e fornecer uma resposta, que pode ser o esperado ou pode não corresponder ao esperado, onde neste caso há necessidade de se rever todo o processo de representação do problema. Isso promove o desenvolvimento de reflexões que procuram compreender as estratégias adotadas, os conceitos envolvidos, os erros cometidos e as formas possíveis de corrigi-los – o que leva o aluno a depurar o seu programa, e inserir-lhe novos conceitos ou estratégias. Após realizar as alterações na descrição do programa, ele é novamente executado e o ciclo se repete até atingir um resultado satisfatório.
Para que esse ciclo se processe, o professor precisa compreender a representação da solução do problema adotada pelo aluno. Assim, o professor ajuda-o a tomar consciência de suas dificuldades e a superá-las.
Este ciclo pode ser aplicado não só na programação de computadores, mais em sala de aula, onde o professor procura identificar o grau de compreensão dos alunos sobre os conceitos em estudo, propõe alterações nas ações inadequadas, cria situações mais propícias para o nível de seus alunos de modo a desafiá-los a atingir um novo patamar de desenvolvimento.
A autora do livro descreve em partes as propostas de alguns pesquisadores especialistas sobre o assunto.
AS BASES DA PROPOSTA DE PAPERT
Ao articular conceitos da inteligência artificial com a teoria Piagetiana, Papert propôs inicialmente uma metodologia, ou “filosofia”, e uma linguagem de programação Logo, que constituíram a abordagem construcionista.
O uso de computadores segundo os princípios construcionistas foi proposto por Seymour Papert (1985, 1994) com base nas idéias de diferentes pensadores contemporâneos – idéias que se interrelacionam, em um diálogo que as incorpora a um processo de descriçãoexecução-reflexão-depuração. Assim, Dewey, Freire, Piaget e Vygotsky se constituem nos principais inspiradores do pensamento de Papert (1994).
DEWEY: O MÉTODO POR DESCOBERTA
Dewey considerou a aquisição do saber como fruto da reconstrução da atividade humana a partir de um processo de reflexão sobre a experiência, continuamente repensada ou reconstruída. Toda experiência em desenvolvimento faz uso de experiências passadas e influi nas experiências futuras (Dewey, 1979: 17, 26).
Para Dewey, toda experiência humana é social e decorre de interações, onde estão envolvidas condições externas ou objetivas, e condições internas. A interação é decorrente do equilíbrio entre esses dois fatores. O professor precisa identificar situações que conduzam ao desenvolvimento.
A etapa de aplicação do método empírico denominada por Dewey de testagem evolui e assume em Papert a função de feedback, que permite ao aluno, obter uma noção de seu processo de desenvolvimento e não a sentença definitiva e final de avaliação para uma resposta certa ou errada.
O professor precisa conhecer os interesses, necessidades, capacidades e experiências anteriores dos alunos para propor planos cuja concepção resulte de um trabalho cooperativo realizado por todos os envolvidos no processo de aprendizagem. O desenvolvimento resulta de uma ação em parceria, onde alunos e professores aprendem juntos.
Para Dewey, a participação da comunidade na escola é no sentido da colaboração e da cooperação para executar ações, e não pressupõe a co-responsabilidade e a co-gestão, defendida por Paulo Freire.
PAULO FREIRE: A EDUCAÇÃO PROGRESSISTA E EMANCIPADORA
Para Freire, a Pedagogia deve deixar espaço para o aluno construir seu próprio conhecimento, sem se preocupar em repassar conceitos prontos.
A Educação não se reduz à técnica, “mas não se faz Educação sem ela”. Utilizar computadores na Educação “em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa de nossos meninos e meninas. Depende de quem o usa a favor de quê e de quem e para quê”. O homem concreto deve se instrumentar com os recursos da Ciência e da tecnologia para melhor lutar “pela causa de sua humanização e de sua libertação” (Freire, 1995: 98,1979: 22).
Papert se distancia de Freire no grau de relevância que cada um atribui à escola tal como ela está hoje. Para Papert, as mudanças educacionais estão ocorrendo, embora a escola enquanto instituição não as tenha assumido. Contudo, ele admite que esta crítica não coopera e nem orienta as possíveis mudanças educacionais que poderiam ocorrer. A transformação da escola torna-se possível quando se procura entender o movimento que ocorre no seu interior, quando se busca compreendê-la como um organismo em desenvolvimento.